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Com uma carreira que começou nos finais da década de 60 e que hoje continua com invejável vitalidade, é sem dúvida um dos mais influentes artistas do mundo ainda em actividade. |
Nascido David Jones, em Inglaterra,
mudou de nome quando Davy Jones (dos Monkees) começou uma carreira
a solo, em 1966, um ano antes de lançar o seu primeiro álbum,
"David Bowie". |
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Formou os Hype,
banda que não durou mas que lhe trouxe uma importante amizade: a
de Mick Ronson, um guitarrista que seria muito influente nos álbuns
seguintes de Bowie. O primeiro foi "The Man Who Sold the World", onde predominava o rock pesado e épico. Seguiu-se "Hunky Dory", mais pop que o seu antecessor e o primeiro grande clássico de Bowie, onde se destacava o profético single "Changes". |
Estava quase pronta
a encarnação mais mediática do cantor, inspirada pelo
"Glam" e desafiadora dos estereótipos machistas do rock,
que já cansavam o público e crítica. Com o cabelo pintado de laranja, Bowie apresentou-se ao mundo como Ziggy Stardust, uma estrela de rock marciana e bissexual, acompanhada em palco pela banda Spiders From Mars. "The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars", de 1972, foi o grande salto de Bowie para a fama, ou pelo menos notoriedade. O músico aproveitou para logo lançar um novo trabalho, e um novo personagem: "Aladdin Sane".
Este disco foi feito em 1973, ano em que Bowie se sentia no auge da sua energia, pelo que ainda produziu "Transformer", "Raw Power" e "All the Young Dudes" para ajudar a ressuscitar, respectivamente, Lou Reed, Stooges e Mott the Hoople. O excesso de trabalho esgotou Bowie, que depois de fazer um álbum de "covers", "Pin Ups", anunciou a separação da sua banda e o seu afastamento temporário dos palcos. Concentrou-se num álbum inspirado no romance "1984" de George Orwell, mas por motivos legais teve de chamar o disco "Diamond Dogs", que quando saiu em 1974 foi um fiasco junto da crítica, à excepção do single "Rebel Rebel". Na digressão americana deste álbum, Bowie ficou obcecado com a música "Soul", o que resultou em nova mudança de imagem e no lançamento de "Young Americans" em 1975, onde se destaca o single "Fame" escrito com John Lennon. Já que estava nos EUA, Bowie resolveu ir até Los Angeles, para preencher outra paixão, e conseguiu o seu primeiro papel num filme. Ainda em LA gravou "Station to Station", antes de se aborrecer com a vida em Hollywood e, uma vez mais cansado e gasto pelo abuso de cocaína, voltou a Londres. À chegada a Inglaterra, saudou os fãs em pose nazi: estava desligado da realidade e os media certificaram-se de que pagaria o preço por isso. David Bowie refugiou-se em Berlim, com Brian Eno, para descansar e procurar um novo caminho. O resultado foi prolífico: "Low" e "Heroes", dois dos seus melhores álbuns, saíram em 1977, ano em que ainda produziu Iggy Pop em dois discos e acompanhou-o em digressão. Fez mais um filme, ainda em 77, e preparou uma digressão mundial que resultou num álbum ao vivo, "Stage", de 1978. De novo com Eno, gravou outro álbum, "Lodger", de 1979, e encerrou o seu contrato com a RCA e o seu melhor período musicalmente com "Scary Monters", de 1980
Em 2001, surge um novo documento surpreendente, restrospectivo da obra de Bowie, "All Saints - Collected Instrumentals 1977-99", álbum centrado, como o título indicia, em instrumentais. São versões que vão desde os históricos álbuns "Low" e "Heroes" ao mais recente "Hours...". Pairam a sombra de Brian Eno e, acima de tudo, os ares de Berlim. |
Em Junho de 2002, o camaleão regressa aos originas, com "Heathen", onde David Bowie regressa ao formato-canção. "Heathen" vem confirmar que é fácil perceber que não há dois álbuns iguais de David Bowie. Neste álbum, o artista regressa um pouco atrás, às canções simples, sem grandes massas sónicas e efeitos demasiado colados a qualquer forma musical "mais em voga". Um dado importante nesta mudança de atitude talvez seja o que se passou nos últimos tempos na carreira de David Bowie, já que o artista decidiu abandonar a Virgin, e criar uma nova editora, a ISO, através da qual já foi lançado "Heathen". Aliás a ISO, sediada em Londres e em Nova Iorque, já assinou também dois novos projectos (uma banda e um artista a solo) e será responsável por todas as futuras edições de David Bowie. Com todas estas mudanças de estratégia, Bowie aproveitou para elaborar um álbum conceptual, onde arrisca mas não deixa ninguém indiferente. O resultado é "Heathen", um trabalho que conta com Tony Visconti, produtor que colaborou anteriormente com David Bowie, em álbuns marcantes como "Diamond Dogs", "Young Americans" e "Heroes". |
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Em Julho de 2002, Bowie vê ser editada uma edição comemorativa de "The Rise and Fall of Ziggy Stardust and The Spiders Form Mars", uma das mais importantes reedições do ano, com o selo da EMI. Este lançamento assinalou o 30º aniversário da edição original do mesmo álbum. |
Só que esta nova edição
tem dois CD's: o primeiro é o CD original, e o 2º inclui 12
faixas extras de gravações realizadas na mesma altura da gravação
do álbum que marcou e continuará a deixar marcas na música
pop. Trata-se de uma edição de coleccionador que também inclui um "booklet" de 36 páginas com comentários de David Buckley (autor do livro "The Complete Guide To The Music Of David Bowie"). Biografia VOXPOP Discografia:
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